Vacinação infantil contra sarampo, caxumba e rubéola no Brasil: uma análise narrativa das evidências sobre o declínio da cobertura vacinal da tríplice viral no contexto da pandemia de Covid-19.

Abstract

O estudo investiga o declínio da cobertura vacinal da Tríplice Viral no Brasil no contexto da pandemia de COVID-19, uma adversidade progressiva devido à queda acentuada nas taxas de imunização nas diversas regiões do território brasileiro, sobretudo Norte e Nordeste. Objetivo: Analisar, por meio de uma revisão narrativa, as evidências disponíveis na literatura sobre os efeitos da pandemia de COVID-19 na cobertura vacinal infantil da vacina Tríplice Viral no Brasil. Metodologia: trata-se de uma revisão narrativa da literatura, em que as buscas foram realizadas nas seguintes bases de dados: PubMed, SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico. Resultados: verificou-se que a vacina Tríplice Viral, dentre as vacinas contempladas no Calendário Vacinal Infantil que mais sofreram com os anos de lockdown, apresentou 77,90% de taxa de cobertura vacinal, não alcançando a meta preconizada de imunização pelo Ministério da Saúde de 95% em 2020. Conclusão: A pandemia agravou a queda da cobertura vacinal e evidenciou a necessidade de recuperar a confiança da população nas campanhas de imunização, considerando as desigualdades sociais e regionais. É imprescindível implementar estratégias coordenadas entre os órgãos governamentais e a sociedade a fim de evitar o ressurgimento de doenças imunopreveníveis, como Sarampo, Caxumba e Rubéola.